DANILO Marques Moura - 2º Tenente Aviador da Reserva Convocado
* 30/06/1916 (Cachoeira do Sul, RS) - † 14/05/1990 (Rio de Janeiro, RJ)

 

veteranos 45 santos

Família:

Filho de Gilberto da Silva Moura e Maria Emília Marques Moura. Descendente de pais e avós gaúchos, teve mais quatro irmãos: Nero (Comandante do 1º GAvCa), Osmar (que foi membro da FEB como Major do Exército), Alzira, Odete. Casou-se, com Maria Isolina Krieger e tiveram cinco filhos: Regina Maria, Gilberto, Reinaldo, Joaquim Pedro e Fátima. 

Antecedentes: 

Aspirante a Oficial da Reserva Convocado da turma de 1943.  

Na guerra:

Exerceu a função de Piloto de Combate da Esquadrilha Verde. Realizou 11 missões de combate, a primeira em 19/11/1944 e a última em 04/02/1945. Acumulando a função de chefe da garagem de veículos. Na sua 11ª missão, em 04/02/1945, foi abatido pela flak a sudoeste de Treviso, Itália. Saltou de pára-quedas a baixíssima altura, tendo tocado o solo segundos após a abertura de seu pára-quedas. Caiu sentado e na violência do impacto mordeu sua língua, machucando-a bastante e provocando grande dificuldade para falar. Foi socorrido e escondido por simpatizantes. Cansado da vida de esconderijo, resolveu tentar regressar as linhas amigas e, contrariando todas as instruções que lhe foram dadas quanto a fugas, conseguiu retornar às linhas amigas andando a pé e de bicicleta por mais de 340 Km em plena luz do dia e pelas estradas principais.
Danilo era o irmão caçula do comandante Nero Moura. Ao retornar para Pisa continuou na sua função de chefe da garagem mas sem efetuar mais nenhuma missão de guerra, já que pilotos que foram abatidos sobre território inimigo e conseguiram voltar à base eram proibidos de voar novas missões pois caso fossem novamente abatidos poderiam ser capturados e forçados a revelar a rota de fuga que havia utilizado.

Citações de Condecorações Recebidas

Recomendação para a Cruz de Sangue
O 2º Ten.Av.Res.Cvc. Danilo Marques Moura no dia 4 de fevereiro de 1945 fazia parte de uma esquadrilha cujo objetivo era bombardear a ponte de Nervesa e ataques a objetivos de oportunidades. Ao se aproximar a esquadrilha da estação de estrada de ferro de Castel Franco executou uma passou sobre alguns carros sendo, a seguir, surpreendido por intenso fogo antiaéreo que atingiu em cheio o avião do Tenente Danilo, obrigando-o a saltar de paraquedas dado o estado em que ficou o avião. Ao atingir o solo o Tenente Danilo sofreu o ferimento conforme indicado no atestado médico anexo.
Air Medal
General Order 38 de 18/04/1945

"Por meritória ação participando como piloto de uma esquadrilha de aviões tipo P-47 em 20 de janeiro de 1945. O Tenente Danilo voou em uma formação de caças-bombadeiros cujo alvo era um importante depósito de combustível inimigo pesadamente defendido por intenso e acurado fogo antiaéreo. Apesar da intensidade do fogo defensivo, o Tenente Danilo soltou suas bombas de uma altitude mínima, o que contribuiu para a destruição de quatro edifícios e grande quantidade de combustível. Após completar a missão primária o Tenente Danilo e o resto da formação metralhou comboios na área, causando a destruição de quatorze veículos motorizados e quatro ônibus elétricos. Sua proficiência aérea e devoção ao dever refletem grande crédito a si próprio e às Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, U.S.A. 

No pós-guerra: 

Ao regressar ao Brasil pediu baixa da FAB, e ingressou como piloto civil na PANAIR do Brasil, onde serviu como piloto por muitos anos e chegou a Master Pilot, voando como Comandante da aeronave Douglas DC6-C. Danilo era extremamente bem humorado e era tido como um dos comandantes mais estimados de toda a frota. Com as extinção da PANAIR do Brasil, foi ser fazendeiro na zona de Goio-erê (PR).

Promoções:  

29/08/1944 2º Tenente da Reserva Convocado

Condecorações: 

 med cruz sangue Cruz de Sangue
med cruz aviacao a Cruz de Aviação Fita 'A'
med campanha italia Medalha da Campanha da Itália
med air medal usa Air Medal (EUA)
med puc Presidential Unit Citation (EUA)