NERO MOURA - Brigadeiro do Ar
* 30/01/1910 (Cachoeira do Sul, RS) - † 17/12/1994 (Rio de Janeiro, RJ)

PRESIDENTE DE HONRA DA ABRA-PC
PATRONO DA AVIAÇÃO DE CAÇA BRASILEIRA
veteranos 45 santos 

Família:

Filho de Gliberto da Silva Moura e Maria Emília Marques Moura. Descendente de pais e avós gaúchos, Nero Moura era o segundo de cinco irmãos; Osmar (que foi membro da FEB como Major do Exército) era o mais velho, seguido de Nero, Alzira, Odete e Danilo (que também integrou o 1°GAvCa). Foi casado com Marieta Fabrício Moura, com quem teve uma filha, Leonor. 

Antecedentes: 

Terminou o primário em Cachoeira do Sul em 1920 e fez o curso secundário no Colégio Militar de Porto Alegre, junto com o irmão Osmar. Concluídos os seis anos de Colégio Militar, ingressou no Colégio Militar do Realengo, no Rio de Janeiro em 01/04/1927.Já no ano seguinte escolheu a Arma de Aviação sendo transferido para Escola de Aviação Militar (E.A.M.), no Campo dos Afonsos, onde completou os estudos de Oficial Aviador do Exército. Foi declarado Aspirante em 22 de novembro de 1930 e em janeiro de 1931 promovido a Segundo Tenente. Suas primeiras missões foram no Correio Aéreo Militar.

Combateu a Revolução Constitucionalista de 1932 pelo lado das forças legais , cumprindo várias missões pilotando um Waco F5, a partir de Moji Mirim, SP. executando voos de reconhecimento, bombardeio e ataque ao solo na região do Vale do Paraíba. Chegou a completar 100 horas de voos em missões reais.

Passada a Revolução foi convocado para ser instrutor de vôo na E.A.M. Sua promoção a Primeiro Tenente se deu em 1933 e, em 1934 deixou as Escola de Aviação para fazer o curso de aperfeiçoamento na École d'Aplication de L'air em Versalhes na França. Logo ao regressar participou do combate a Intentona Comunista de 1937 onde vários de seus colegas foram assassinados a sangue frio no Campo dos Afonsos. No dia 28 de novembro realizou uma missão real de bombardeio ao Terceiro Regimento de Infantaria na Praia Vermelha no Rio de Janeiro. 

Foi um dos pioneiros do vôo por instrumentos na Aviação Militar e por seu excelente desempenho, o Comando da Aviação Militar designou-o para fazer curso de aperfeiçoamento na École de Application de Aviation, em Paris, França. Foi instrutor de pilotagem na Escola de Aviação Militar do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro de (1932 - 1937). Em 1937 assumiu o comando do 3º Regimento de Aviação, em Canoas-RS, com ordens de, se necessário, combater um possível levante do governo estadual.. Também foi instrutor-chefe de pilotagem da Escola de Aviação Militar (1939 - 1940) e chefe da Seção de Aviões de Comando (1941). Concomitantemente, foi piloto do Presidente Getúlio Vargas (1938 - 1943).

Com a criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira em 1941 e foi oficial-de-gabinete do primeiro ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, Nero Moura participou de sua organização já como Major Aviador, tendo sido instrutor do curso de aperfeiçoamento de oficiais.

Venceu a disputa com José Vicente Faria Lima (o mesmo que mais tarde seria prefeito de São Paulo) e em 28 de dezembro de 1943 foi designado Comandante do Primeiro Grupo de Aviação de Caça com a missão de organizá-lo para combater na Segunda Guerra Mundial. Seu desempenho como comandante foi excepcional e, apesar de inúmeras dificuldades, conseguiu que o seu Grupo fosse um dos mais eficientes e destacados no teatro de operações do centro sul europeu. Realizou 62 missões de combate, a primeira em 04/11/1944 e a última em 01/05/1945. Foi um dos vinte pilotos que partiram de Pisa em 18/06/1945 com destino aos EUA para trazerem em vôo os novos P-47D-40 para o Brasil. 

Citações de Condecorações Recebidas

Distinguished Flying Cross
General Order 69 de 18/06/1945

"Por ação extraordinária, quando em missão contra o inimigo, pilotando um avião P-47, em 26 de abril de 1945. O Ten.Cel. Nero comandava uma esquadrilha de quatro aviões com a missão de efetuar um reconhecimento armado na área das linhas de defesas inimigas do Rio Adige, no norte de Itália. Demonstrando extrema perícia no voo e grande habilidade em navegar, bem como determinação de cumprir a importante missão que lhe foi confiada, conduziu a esquadrilha através de uma sólida camada de nuvens existente na base, sobre os apeninos e sobre o Vale do Pó. Atingindo a área que lhe foi assinalada com extrema precisão, avistou duas locomotivas em funcionamento e um comboio de veículos motorizados fortemente defendidos. Os repetidos ataques rasantes enfrentando forte fogo inimigo e a obstinada persistência em derrotar o inimigo fizeram com que ele e sua esquadrilha imobilizassem dezoito veículos, destruindo onze e danificando sete, danificando também as locomotivas. Depois disto, repetindo sua função de hábil navegador, o Ten.Cel. Nero executou o arriscado voo de regresso à base. Em muitas missões de combate realizadas, sua incomum habilidade e perfeita noção do cumprimento do dever refletiram de um modo bastante meritório não somente sobre ele como sobre as Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, U.S.A.
Bronze Star
General Order 69 de 18/06/1945

"Por atuação meritória no desempenho de suas funções durante o período de 7 de outubro de 1944 a 2 de maio de 1945, como comandante do 1º Grupo de Caça. Seu tirocínio e resolução firme de que o espírito combativo, habilidade de voo, manutenção, administração e o serviço de saúde, tudo sob seu comando, deveriam reverter em honra para o Brasil e promover a melhor atuação de conjunto dentro das Forças Aéreas Americanas foram coroados de êxito. O seu comando exemplar em contribuição apreciável para o sucesso do esforço aliado refletem grande credito para a sua pessoa e para as Forças Armadas das Nações Aliadas.."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, U.S.A.
Air Medal
General Order 14 de 19/02/1945

"A Air Medal é concedida a Nero Moura, BO320, Tenente Coronel, Força Aérea Brasileira, por meritória atuação quando participava de uma missão de guerra contra o inimigo como piloto de um P-47, Em 16 de dezembro de 1944 o Tenente Coronel Nero voava como líder de uma formação de quatro aeronaves destinada a efetuar o bombardeio em mergulho de uma importante posição de artilharia nas vizinhanças de *****, Itália. Na chegada ao alvo encontrou condições climáticas extremas, envolvendo teto baixo e visibilidade pobre como predominantes, tornando impossível localizar com precisão o alvo. Não querendo ejetar as bombas que carregava, o Tenente Coronel Nero liderou a esquadrilha até que uma área onde as condições climáticas permitissem a seleção de um alvo. Este provou-se ser a locomotiva com dez vagões na estação em *****. Itália. O inimigo imediatamente levantou uma barreira de antiaérea intensa para proteger seu vital equipamento. Desprezando qualquer perigo pessoal o Tenente Coronel Nero liderou sua esquadrilha em um bombardeio preciso e acurado, que resultou na destruição do trem. Ele pessoalmente atingiu a locomotiva. Sua habilidade para liderança, sua coragem e sua determinação frente ao perigo refletem grande crédito para sua pessoa e para as Forças Armadas das Nações Unidas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, U.S.A.
Air Medal - 1º Cluster
"Por meritória atuação quando participava de uma missão de guerra, como piloto de um P-47, em 25 de janeiro de 1945. O Ten.Cel. Nero, como guia de uma formação de quatro aviões, efetuou um reconhecimento armado, descobrindo depósitos de gasolina bem camuflados. Como resultado de perfeitos bombardeiro, o alvo foi completamente destruído. Apesar das más condições do tempo, o Ten.Cel. Nero efetuou com sua formação agressivos ataques rasantes, destruindo e danificando inúmeros veículos motorizados. Sua coragem, ardor pelo combate e habilidade profissional refletem grande crédito para sua pessoa e para as Forças Armadas das Nações Unidas"
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, U.S.A.
Air Medal - 2º Cluster
General Order 63 de 07/06/1945

"Por meritória atuação quando participava de uma missão de guerra, como piloto de um P-47, em 22 de abril de 1945. O Ten. Cel. Nero comandava uma formação de quatro aviões destinada a efetuar um reconhecimento armado em *****, Itália, numa época em que o inimigo tentava uma retirada através do Rio Pó. Perto de ***** encontrava-se uma concentração de veículos motorizados contra a qual a formação efetuou vários passes em voos rasantes, enfrentando forte fogo inimigo. Como resultado destes ataques, vinte veículos inimigos ficaram destruídos e vinte outros danificados. O alvo foi abandonado em chamas. O Ten.Cel. Nero com sua destreza e precisa pontaria teve a seu crédito grande parte desta destruição. A coragem, determinação e vivacidade demonstrados em combate pelo Ten.Cel. Nero refeltindo de modo bastante meritório não somente sobre ele, como sobre as Forças Armadas das Nações Aliadas."
(a) Thomas M. Lowe - Brigadier General, U.S.A.

No pós-guerra: 

Em 04 de setembro de 1945 foi declarado comandante do 1º Regimento de Aviação, em Santa Cruz. Esta função, à época, era mais abrangente do que um comando de Base Aérea. Com a deposição de Getúlio, em 29 de outubro de 1945, foi preso o QG da 3ª Zona Aérea pelo Brigadeiro Sá Earp por declarar-se fiel ao presidente deposto. Pediu passagem para a reserva e deixou o comando em 08 de novembro de 1945. Seus feitos em combate durante toda a sua carreira de oficial, permitiram computar legalmente o tempo de serviço necessário à passagem para a reserva, com todos os direitos assegurados e uma experiência de mais de cinco mil horas de vôo.

Nero Moura, com trinta e cinco anos de vida, dedicou-se então a aviação civil. Tornou-se diretor técnico das Aerovias Brasil (1946-1948) e, posteriormente, diretor-superintendente do Lóide Aéreo Nacional (1948- 1950). Com a reeleição de Getúlio, foi chamado para assumir o Ministério da Aeronáutica (1951- 1954), mantendo-se à frente deste até quatro dias antes da morte de Getúlio, quando se exonerou por pressões políticas. Nero Moura com sua personalidade congregadora e perfil profissional invejável, conseguiu fazer uma administração excelente apesar do fato inusitado de ser o oficial general mais moderno e mais jovem da Força Aérea. Neste período a Aviação de Caça recebeu os aviões Gloster Meteor, tornando a FAB uma da mais bem equipadas e profissionais forças aéreas da época. Voltou à vida civil, trabalhando como assessor da Refinaria de Petróleo Ipiranga de 1955 a 1982.

Nero Moura sempre manteve estreita ligação de amizade com todos os seus subordinados da Campanha da Itália, sem qualquer distinção. Após a Revolução de 1964, em solidariedade a alguns de seus subordinados que foram cassados e proibidos de entrar em unidades militares (como Rui, Fortunato e Eudo), Nero Moura não compareceu mais a nenhuma festividade cívico-militar até o ano de 1979. Sua reprovação silenciosa teve grande influência na revogação deste ato. No dia 22 de abril de 1979, o então Tenente Brigadeiro Délio Jardim de Mattos, Ministro da Aeronáutica foi a sua casa e pessoalmente convidou-o e conduziu-o à Base Aérea de Santa Cruz, onde junto com todos os seus companheiros, foi reverenciado e assistiu as solenidades do Dia da Caça. Nessa ocasião, questionado pelo Ministro sobre a ausência de suas condecorações, respondeu: "Esqueceram no Mérito Aeronáutico de incluir alguns de nós. E a Esquadrilha de Ligação e Observação está esquecida. Não faz sentido usá-las". O Ministro então reparou a injustiça. As tradicionais e concorridas reuniões mensais em sua residência no Bairro de Copacabana no Rio de Janeiro continuaram acontecendo até o fim de sua vida.

Nero Moura faleceu aos 84 anos, no dia 17 de dezembro de 1994 e permanece, em espírito, junto a todos os caçadores brasileiros. Seus restos mortais repousam no Memorial Senta a Púa, na Base Aérea de Santa Cruz - Rio de Janeiro (RJ).

"Não me considero um homem excepcional. Sou um homem normal. Cumpri as missões para que fui designado com satisfação, sem heroísmos, sem exageros. Se, por acaso, deixei transparecer alguma coisa além do normal, foi no entusiasmo com que vocês me fizeram falar. Mas quero declarar que sou uma pessoa normal e nada fiz de excepcional. Só cumpri o meu dever, e estou satisfeito com a minha vida, por ter permanecido como sou até os dias de hoje.'
(Brigadeiro Nero Moura, no livro "Um Vôo na História')

Promoções:  

22/11/1930 Aspirante
11/06/1931 2º Tenente
16/06/1933 1º Tenente
30/06/1934 Capitão
20/12/1941 Major
10/05/1944 Tenente Coronel
07/1948 Coronel
08/1951 Brigadeiro

Condecorações: 

med ordem do merito aeronautico comendador Ordem do Mérito Aeronáutico - Comendador
med cruz aviacao a Cruz de Aviação Fita 'A' - 3 Estrelas
Cruz de Aviação Fita 'B'
med campanha italia Medalha da Campanha da Itália
Medalha da Campanha do Atlântico Sul
med puc Presidential Unit Citation (EUA)
med legion of merito officer Legion Of Merit - Officer (EUA)
med dfc usa Distinguished Flying Cross (EUA)
med air medal usa Air Medal (EUA)
med order british empire Order of the British Empire (Inglaterra) 
Croix de Guerre Avec Palme (França)
med ordre national legion honneurdo chevalier Legion D'Honneur - Chevalier (França)

 

 

NERO MOURA

(Pelo Maj.Brig. R/R Lauro Ney Menezes, Piloto de Caça - Turma 1948)

"Quem era aquele jovem Tenente Coronel Aviador que, nos idos de 40, componente de uma infantil recém-criada Aeronáutica, havia conduzido homens em armas para o cumprimento de missões de guerra e, lhes oferecendo em troca - às vezes - o sacrifício da própria vida? Nero Moura no P-47

Que se tenha notícia, nenhum dos "pupilos do pós-guerra" ou Veteranos do 1o Grupo de Caça, ousou ou tentou descrever mais profundamente quem foi e quanto NERO MOURA marcou, com seu carisma e personalidade, sua (auto definida) verdadeira Guerra:

"a formação das novas gerações de Pilotos de Caça" e a "criação do Espírito de Caça!"

Para nós, das turmas mais modernas de Pilotos de Caça NERO MOURA, antes de mais nada, era um líder e aviador.

E assim o foi, durante toda sua carreira. Um aviador e um líder. Sua galante primeira imagem foi imortalizada, para as gerações da então Escola da Aeronáutica, em 1945, quando deixava a nacele de sua máquina de guerra P-47, pousava no Campo dos Afonsos, para apresentar-se as autoridades, após a MISSÃO CUMPRIDA. Ele, e seus "barões em armas"...

Oficial da Arma de Aviação do Exército, Combatente na Revolução de 1932, Curso de Aplicação na França, Piloto do Presidente da República, Comandante do 1o Grupo de Caça na Itália, Ministro da Aeronáutica, Patrono da Aviação de Caça Brasileira: suas biografia e história já foram narradas e registradas de forma irretocável, por aqueles que, afortunadamente, conviveram com essa especial figura humana e de aviador, NERO MOURA, com seus comandados, rompeu a barreira do habitual na "carrière" de antanho, implantando a "era da profissionalização".

Figura elegante e simpática de homem, de agradável compleição, sorriso aberto e amigável, resplandecia respeitabilidade e companheirismo. Transpirava simplicidade, afetividade, bonomia(1) a auto confiança.

O Corpo de Cadetes do Ar, em 1o uniforme, armado e com baionetas caladas, silenciosa e marcialmente, saudou seu HERÓI. Quem viria se tornar, em breve, o paradigma para a nova conjugação dos verbos SERVIR e LIDERAR, na recém criada AERONÁUTICA.

Em sua carreira exerceu altos cargos, sem permitir que seus dotes pessoais fossem contaminados pelas mazelas das funções públicas. Servir com NERO MOURA, em qualquer circunstância, era viver momentos de respeitosa alegria. Nunca o vimos com expressão de tristeza ou de rancor, ou tomado pela euforia proveniente da função exercida; ou em feroz crítica aos seus opositores. Tranqüilidade e equilíbrio eram os componentes do seu bio-ritmo.

Nunca invocou sua posição de Comandante ou Ministro, para receber benesses ou honrarias. O "exemplo" era seu disciplinamento silencioso.

Sua presença induzia respeito natural, em que pese a informalidade que permitia aos freqüentadores do Albergo Nettuno (Pisa) ou na intimidade do Posto 6 (Av. Atlântica, Rio). Avesso às luzes traiçoeiras da mídia, sempre que questionado intitulava-se um "cumpridor de missão; um homem normal"...

Acompanhei-o, com alguma intimidade, na instalação da primeira Exposição Comemorativa do Término da 2a Guerra Mundial, transportando o Museu da Caça, do 1o Grupo de Caça em Santa Cruz para o Teatro Municipal, no Rio. Em sua visita ao Museu, submetido por NERO MOURA a um questionário verbal sobre meus conhecimentos da História do Grupo na Guerra recebi, como prêmio, um largo sorriso e uma frase de elogiosa satisfação: "Tu tá bom, guri!".

Mais tarde, acompanhei-o em uma visita à Europa. Por um longo e inesquecível período, vivi e convivi ao lado daquela figura do HERÓI da minha mocidade e do HOMEM da minha madureza. Fizemos uma terna e sólida amizade, que jamais se esvaiu.

Às vezes, sinto sua falta, sua presença...

Às segundas-feiras, e em vários momentos desse compromisso sagrado, tive o privilégio de reencontrá-lo para "fazer companhia e bater papo"... Cativante era ouvi-lo falar, emoldurado pelos troféus de Guerra e pela coleção de "whiskies" (especialmente o misterioso GLEN MORANGIE...)

O seu famoso "picadinho Jesus tá chamando" de 6 de outubro - iniciado com a presença de uns poucos eleitos (formalmente convidados) - naturalmente veio a ser um caloroso encontro de amigos. Mais tarde, se transformou em reunião de homens do ar incorporou famosos "cantores" de nossas "canções de guerra".

E outras... O Chefe NERO, alegre e sorridente, instalado na sua velha poltrona de couro, a tudo assistia, incentivando. E saboreando seu "puro malte".

A cada contato, se reafirmava uma amizade, do respeito e admiração.

NERO MOURA, na curta visão de um Estagiário da Turma de 1947 e Piloto de Caça forjado pelos Veteranos do 1º Grupo de Caça, nos anos de 1948-1950, nosso Eterno Comandante era: Nero Moura com 'papo-amarelo

NERO, do sotaque gaúcho jamais perdido;
NERO, aviador da Revolução de 22, que calçava tênis para voar;
NERO, aviador com Curso de Tática de Combates, na França;
NERO, piloto "quente" do Presidente da República;
NERO, Comandante do galante 1o Grupo de Caça, na Itália;
NERO, Comandante da histórica Base Aérea de Santa Cruz;
NERO, o fiel;
NERO, o inovador Ministro da Aeronáutica;
NERO, do precioso "papo" das segundas-feiras;
NERO, da tosse nervosa e espalhafatosa;
NERO, o respeitado;
NERO, o aviador;
NERO, o afetuoso amigo;
NERO, nosso LÍDER, nosso MESTRE - e o nosso MITO!".


NOTA DO GERENTE DO SÍTIO:

1) bonomia = qualidade de quem é bom, simples, crédulo, fleumático.